Histórico
HISTÓRICO
A história do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Bahia não pode ser desvinculada da unidade da UFBA que o acolhe – a Faculdade de Arquitetura.
O Curso de Arquitetura ministrado em Salvador já existe desde o século XIX, criado em 1877, no contexto da então Academia, e depois Escola de Belas Artes da Bahia. Após a federalização e incorporação da Escola de Belas Artes à Universidade Federal da Bahia em 1949, e com o reconhecimento das atribuições legais do profissional arquiteto, a formação de arquiteto passou a ter autonomia, sendo criada a Faculdade de Arquitetura em 1959. Serviu de subsídio ao curriculum da nova faculdade a carta de princípios estabelecida no Congresso da União Internacional de Arquitetos – UIA (1959), notadamente em relação ao desenvolvimento da sensibilidade plástica, a noção do espaço, a imaginação, a memória visual, o sentido do homem e do caráter. Com a implantação da estrutura departamental da Reforma Universitária em 1970 e a conclusão das obras da nova sede da Faculdade no Campus da Federação em 1973 (projeto de Diógenes Rebouças), surgiram as condições para a criação dos cursos de pós-graduação.
O primeiro curso de pós-graduação oferecido pela FAUFBA foi o Curso de Especialização em Planejamento Urbano e Regional (CEPUR) criado em 1973, com apoio da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE); já o primeiro curso regular de pós-graduação, acolhido pela faculdade em 1981, foi o Curso de Especialização em Conservação e Restauração de Monumentos e Sítios Históricos (CECRE), apoiado pelo IPHAN e pela UNESCO, sendo logo considerado uma referência mundial em sua área de atuação – embrião do que é hoje o Mestrado Profissional em Conservação e Restauração de Monumentos e Núcleos Históricos (MP-CECRE UFBA), o outro programa de pós-graduação (nesse caso, de caráter profissional) que a FAUFBA acolhe.
Tais experiências lato sensu forneceram a base para que, em 1983, fosse criado o atual Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo (PPG-AU) – pioneiro no Nordeste e um dos mais antigos do Brasil em sua área – que passa a atender a necessidade de formação de professores e especialistas para uma nova realidade educacional e política do país. A criação do então denominado Mestrado em Organização do Espaço Físico-Ambiental (logo depois, Mestrado em Arquitetura e Urbanismo – MAU UFBA) vislumbrava o processo de abertura política com o fim do governo militar, mas também a demanda advinda do forte crescimento no número de universidade particulares que seriam criadas nos vinte anos seguintes. Com seu primeiro Colegiado empossado em 16 de março de 1983, tendo como Coordenador o Professor Pasqualino Romano Magnavita e Vice Coordenador o Professor Antonio Heliodorio Lima Sampaio (que ainda são professores permanentes do programa), o curso surge como uma forma de pensar aspectos fundamentais de um país que passava a ser predominantemente urbano.
Assim, no momento de sua criação, o mestrado representou a consolidação e expansão da experiência, iniciada nos anos 1970, dos dois cursos de especialização supracitados. E da fusão dos dois nasceria as duas Áreas de Concentração que até hoje o representam: “Urbanismo” (inicialmente “Desenho Urbano”) e “Conservação e Restauro”.
Em 1999, já como Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, foi criado o curso de doutorado. Aprovado pela CAPES em agosto de 1999, o ingresso da primeira turma se deu em março de 2000. A implantação do Doutorado manifestou, de imediato, desdobramentos importantes como: a ampliação das possibilidades de formação que a Faculdade de Arquitetura da UFBA oferecia, aumento de intercâmbios com outras instituições, fortalecimento das linhas de pesquisa, criação e fortalecimento de núcleos e laboratórios e grupos de pesquisa, assim como a emergência de novas temáticas. O Doutorado, portanto, veio ampliar a estrutura acadêmica do PPG-AU, fortalecendo sua capacidade de atuar em atividades de ensino, pesquisa e extensão, e concluindo o processo de implantação da nova estrutura curricular e o fortalecimento das Linhas de Pesquisa existentes e a criação de uma nova linha que passa a abranger pesquisas vinculadas à temática Linguagem, Informação e Representação do Espaço.
O amadurecimento do programa consolida-se no triênio 2004, 2005 e 2006 pela forte indução do PPG-AU à sua capacidade de nucleação, solidariedade, visibilidade e internacionalização, o que será reconhecido pelas CAPES com a Nota 6 – a nota mais alta dada, pela primeira vez, a três programas da Área de Arquitetura, Urbanismo e Design (PPG-AU UFBA, o Programa de Arquitetura e Urbanismo da USP São Paulo e o PROURB da UFRJ obtiveram essa nota).
Nos próximos anos o programa consolidou sua capacidade de nucleação, com uma importante formação de recursos humanos a nível regional e nacional – incluindo alunos estrangeiros (Convênio PEC-PG) – que ao retornarem às universidades de origem formaram novos grupos de ensino e pesquisa, responsáveis pela formação de futuros núcleos tanto de graduação quanto de pós-graduação em arquitetura e urbanismo. Esta capacidade de nucleação também é seguida de avanços importantes em iniciativas de solidariedade, ajudando institucionalmente outros programas menos consolidados que mais adiante criarão seus próprios cursos – como os de Doutorado no Programa de Artes Visuais e no Programa de Geografia da UFBA, ocorridas no triênio 2010-2011-2012.
A forte consolidação internacional do programa se configurou através da institucionalização de acordos bilaterais, participação de diversos professores estrangeiros em cursos, eventos e publicações do programa, participação dos membros do programa em instituições fora do país através de estágios de doutorado sanduíche (Itália, França, Portugal e Espanha) e estágios de pós-doutoramento de docentes ou de participações eventuais em eventos, pesquisas ou publicações estrangeiras. Esta internacionalização atingiu a maior parte do corpo docente e estabelece os vínculos que, nos triênios seguintes serão fortalecidos com instituições de pesquisa ou com pesquisadores de outros países.
Ainda nos anos 2000, o programa consolidou sua condição como polo de excelência regional, articulando cooperações a partir do programa CAPES DINTER com a Universidade Federal da Paraíba – UFPB. Aprovado em 2008 e iniciado em 2009, este programa de formação de doutores, foi realizado com o Mestrado de Engenharia Urbana e Ambiental e o Mestrado em Arquitetura e Urbanismo, ambos da UFPB e avaliados com o conceito 3 pela CAPES. Teve a colaboração do Programa de Engenharia Industrial da UFBA e dos programas da Universidade Federal de Pernambuco (MDU) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (PPG-AU). Se trata da aplicação de um vasto plano de colaboração, incluindo ensino, pesquisa e extensão, que teve grandes e positivas implicações.
Essa trajetória abriga, portanto, um período de maturação e um percurso de consolidação com quase quatro décadas de pós-graduação – o que capacitou plenamente este Programa a cumprir sua missão de qualificar professores, pesquisadores e profissionais, versados, teórica, metodológica e tecnicamente, tanto nas áreas de análise, planejamento e proposição do espaço, quanto preservação e história, no âmbito da arquitetura e do urbanismo.
No último quadriênio, juntamente com alguns dos mais tradicionais programas de pós-graduação em arquitetura e urbanismo do país, incluindo os únicos que já tinham, conjuntamente, alcançado a nota máxima para a área (USP São Paulo e PROURB UFRJ, para além de USP São Carlos e PROPAR UFRGS), o PPG-AU caiu de nota na avaliação da CAPES.
Esse fato nos levou a empreender um grande esforço de reordenação e reestruturação. Consideramos cuidadosamente as deficiências apontadas na ficha de avaliação de 2013-2016 e, usando-a como ponto de referência, trabalhamos intensamente as melhorias do programa, que deu um salto qualidade imenso nesse quadriênio – como é possível notar nesse relatório.
CONTEXTUALIZAÇÃO
O PPG-AU é composto pelos cursos de Doutorado e Mestrado Acadêmicos. As suas Áreas de Concentração – “Conservação e Restauro” e “Urbanismo” – espelham, desde o início, as suas duas vocações históricas voltadas, respectivamente, para:
- Estudos e pesquisas de natureza teórica, crítica, científica e tecnológica sobre temas relacionados aos processos de patrimonialização, restauração, conservação, utilização, gestão e promoção do patrimônio arquitetônico, urbano e paisagístico, em suas dimensões histórica, política, normativa, técnica, material e imaterial, e em sua relação com processos de apropriação e produção do espaço arquitetônico e urbano;
- Estudos e pesquisas de natureza teórica, crítica, histórica e empírica sobre o urbanismo enquanto campo de conhecimento, problematizando sua especificidade e interfaces com a arquitetura, políticas públicas, programas, planos, projetos e práticas sobre a cidade, em suas dimensões plurais e conflitivas de produção, regulação, percepção, apreensão e de apropriação do espaço urbanístico nas suas várias escalas e níveis de abordagem.
Em 2019 estabeleceu-se um Dinter (Doutorado Interinstitucional) entre o PPG-AU/UFBA e a Universidade Federal de Goias (UFG) – em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Projeto e Cidade (PPG-PC UFG). O Dinter foi iniciado no dia 05 de agosto de 2019, financiado integralmente pela UFG. O objetivo da nucleação é a formação de professores integrantes do quadro efetivo da UFG (especialmente aqueles vinculados aos cursos de Arquitetura e Urbanismo das unidades de Goiânia e da Cidade de Goiás – onde estão acontecendo as missões de professores do PPG-AU), bem como de Professores de outras instituições públicas e privadas de ensino superior de Goiás, como o Instituto Federal de Goiás (IFG) e a Universidade Estadual de Goiás (UEG). Para além disso, ao assumir a parceria com o Programa de Pós-Graduação em Projeto e Cidade (UFG - Campus Goiânia), o Projeto do Dinter aspira fomentar a transferência da experiência e dos conhecimentos acumulados ao longo dos 36 anos de funcionamento do PPG-AU/UFBA para um programa mais novo e menos experiente (e que ainda não possui doutorado) – através de compartilhamento de disciplinas, atividades, pesquisas e orientações.
CORPO DOCENTE
No ano de 2018 foi feito um novo credenciamento-recredenciamento em chamada aberta e vastamente divulgada, com grande renovação do quadro docente – processo que acontece a cada dois anos. O Colegiado designou uma comissão de 3 membros externos com o objetivo de proceder à avaliação da produção científica dos professores e pesquisadores, bem como sua efetiva contribuição às Áreas de Concentração e Linhas de Pesquisa do programa.
Dando continuidade à renovação do corpo docente, em 2019 o PPG-AU incorporou, excepcionalmente, em seu quadro de professores permanentes, o jovem Professor Marcio Cotrim Cunha – que acabara de ingressar, via redistribuição de vagas, à Faculdade de Arquitetura da UFBA. O acolhimento do professor no quadro permanente foi justificado pelo seu perfil altamente produtivo, pelo seu caráter proativo, bem como pela intimidade acadêmica com professores e com temas emergentes, e atualmente muito caros ao programa – particularmente no que se refere ao campo da História da Arquitetura do século XX e à Teoria de Projeto.
De fato, o Regulamento Interno do PPG-AU prevê que, em casos especiais, docentes podem ser incorporados a qualquer hora nos corpos permanentes ou colaboradores do programa, desde que seja apresentado um projeto de atuação pelos próximos dois anos, e que a proposta seja aprovada pelo colegiado.
Nesta direção, no mesmo ano o programa submeteu quatro candidaturas ao Edital Professor Visitante 001/2019 da PROPG UFBA, para Contratação de Professor Visitante a partir do ano de 2020. Mesmo tendo sido muito concorrido, o PPG-AU foi o único programa da UFBA a ter dois professores altamente qualificados aprovados – para uma estadia de pelo menos 2 anos: Margareth Aparecida Campos da Silva Pereira e Henrique Antunes Cunha Júnior.
Como os dois docentes já estavam aposentados, e em função do percurso acadêmico espantoso que os apresentaram em cerca de 40 anos de carreira – trajetórias profundamente vinculadas às áreas afins e às temáticas do programa –, a PROPG aconselhou que o PPG-AU os incorporasse imediatamente no quadro de Professo Permanentes do programa, o que foi aprovado no início do ano de 2020.
Logo, com o credenciamento-recredenciamento de 2018, e com a incorporação de outros três professores no quadro permanente em 2019 e 2020, o corpo docente teve um aumentando significativo: hoje o PPG-AU UFBA possuis 41 Professores, sendo 33 Permanentes (80,5%) e 8 colaboradores (19,5%).
Todos os professores possuem doutorado (ou equivalente), tendo tempo de conclusão muito variado: desde mais de 50 anos de conclusão (1 professor); entre 39 e 30 anos (3 professores); entre 29 e 20 anos (10 professores); entre 19 e 10 anos (12 professores); entre 9 a 5 anos (13 professores); menos de 5 anos (2 professores). Como média geral, o tempo de conclusão de doutorado é de 16,2 anos.
No que se refere à experiência didática no ensino de terceiro grau, a média também é bem variada – apesar da imensa maioria (90,24%) atuar a 10 anos ou mais como docente em faculdades ou universidades: entre 60 e 50 anos de experiência docente (2 professores, sendo que um deles atua como professor ininterruptamente desde 1960); entre 49 e 40 anos (4 professores); 39 e 30 anos (4 professores); entre 29 e 20 anos (14 professores); entre 19 e 10 anos (13 professores); menos de 9 (4 professores). Como média geral, o tempo de experiência docente é excelente: 23 anos.
Este corpo docente altamente qualificado, experiente e produtivo, permitiu: o aumento da oferta de vagas para o Doutorado (com a implantação do Dinter); número significativo de dissertações e teses defendidas; crescimento da quantidade e, sobretudo, da qualidade da produção intelectual e científica associada ao programa; grande diversidade na produção técnica; criação e organização de eventos consolidados nas Áreas de Concentração “Conservação e Restauro” e de “Urbanismo”; etc.
A qualificação docente do PPG-AU/UFBA também está expressa em outros indicadores, cabendo, particularmente, citar um dos mais importantes. Neste quadriênio, 12 professores permanentes do programa estão ou foram listados em algum momento como Bolsistas de Produtividade em Pesquisa do CNPq. Ainda com relação a este indicador, registra-se que o único bolsistas PQ Sênior do Brasil na área de Arquitetura e Urbanismo pertence ao quadro de docentes permanentes do programa (o Prof. Mário Mendonça de Oliveira), bem como três dos dez bolsistas 1A existentes no país na área (os Professores Pasqualino Romano Magnavita, Ana Fernandes e Paola Berenstein Jacques), são professores permanentes do programa.
- Bolsista PQ CNPq – Nível SR: Mário Mendonça de Oliveira
- Bolsista PQ CNPq – Nível 1A: Ana Maria Fernandes
- Bolsista PQ CNPq – Nível 1A: Paola Berenstein Jacques
- Bolsista PQ CNPq – Nível 1A: Pasqualino Romano Magnavita
- Bolsista PQ CNPq – Nível 1B: Ângelo Szaniecki Perret Serpa
- Bolsista PQ CNPq – Nível 1B: Margareth Aparecida Campos da Silva Pereira
- Bolsista PQ CNPq – Nível 1C: Ângela Maria Gordilho Souza
- Bolsista PQ CNPq – Nível 2: Antônio Pedro Alves de Carvalho
- Bolsista PQ CNPq – Nível 2: Arivaldo Leão de Amorim (até o ano de 2018)
- Bolsista PQ CNPq – Nível 2: Gilberto Corso Pereira (até o ano de 2018)
- Bolsista PQ CNPq – Nível 2: Márcio Cotrim Cunha
- Bolsista PQ CNPq – Nível 2: Rodrigo Espinha Baeta
Entre 2017 e 2019, todos os Professores Permanentes estiveram vinculados a alguns um dos 179 Projetos de Pesquisa registrados, cada um tendo coordenado pelo menos um projeto de pesquisa. Dentre esses projetos, 62 foram concluídos durante os três anos; 135 alcançaram o ano de 2019 (número substancial, devido aos 10 novos docentes que ingressaram no programa em 2018 e 2019). Dentre os que tiveram seguimento em 2019, 105 projetos foram definidos como de Pesquisa, 27 de Extensão, 2 são caraterizados como Projetos Interinstitucionais e 1 de Inovação.
Para além disso, 15 professores do programa coordenam grupos de pesquisa certificados pelo CNPQ, todos com uma imensa atuação acadêmica em pesquisa, produção científica, ensino e extensão.
DISCENTES (MESTRADO E DOUTORADO) E PÓS-DOUTORADO NO PROGRAMA:
Em seus 36 anos de existência, o PPG-AU formou 410 mestres, 167 doutores, além da supervisão de pelo menos 19 pós-doutorados, cuja produção intelectual tem sido publicamente reconhecida.
Durante o quadriênio, 131 alunos de mestrado e 140 alunos de doutorado estiveram matriculados no PPG-AU, sendo que desse montante (ainda não contando o ano de 2020), 32 discentes defenderam suas teses de doutorado e 50 suas dissertações de mestrado, o que corresponde a um total de 82 trabalhos finais concluídos. O tempo médio de conclusão desses trabalhos ficou dentro dos parâmetros aceitos pela CAPES, de 30 meses para mestrado e 54 meses para doutorado.
Entre 2017 e 2020, o PPG-AU/UFBA recepcionou 8 alunos para estágios de pós-doutorado, quatro com bolsa: dois deles apoiados pelo Programa Nacional de Pós-Doutorado da Capes (PNPD) e dois pelo projeto de pesquisa “Regeneração de vazios construídos em áreas urbanas centrais. Uma tecnologia social aplicada ao caso de Salvador, Bahia”, que contou com financiamento do Programa Pesquisador Visitante Especial – PPVE’s da CAPES:
- Janaína Bechler (PNPD), supervisão da Professora Paola Berenstein Jacques, GP Laboratório Urbano – a partir de 2016.
- Elisamara Oliveira Emiliano (PNPD), supervisão da Professora Ângela Maria Gordilho-Souza, GP LabHabitar – a partir de 2016.
- Richard William Campos Alexandre (PPVE), supervisão da Professora Ana Maria Fernandes, GP Lugar Comum – 2016-2017.
- Shanti Nitya Marengo (PPVE), supervisão da Professora Ana Maria Fernandes, GP Lugar Comum – 2017-2018
- Marie Soenderup Kolling (doutora pela University of Copenhagen), supervisão da Professora Ângela Gordilho, GP LabHabitar – 2018-2019.
- Felipe Nunes Coelho Magalhães (professor da UFMG), supervisão da Professora Ana Fernandes, GP Lugar Comum – 2018-2019.
- Leonardo Dos Passos Miranda Name (professor da UNILA), supervisão da Professora Paola Berenstein Jacques, GP Laboratório Urbano – 2019-2020.
- Claudia dos Reis e Cunha, supervisão do Professor Rodrigo Espinha Baeta, GP Projeto Cidade e Memória – 2020-2021.
PREMIAÇÕES
A atuação profissional e técnica de vários membros do programa tem sido historicamente reconhecida por meio de importantes prêmios conferidos por instituições nacionais e estrangeiras. As diversas premiações no quadriênio serão detalhadas no item (8) “Solidariedade, Nucleação e Visibilidade”, subitem “Visibilidade”.
Não obstante, cabe destacar que, para além do Prêmio ANPARQ 2018 (Categoria Livro Autoral) atribuído a um professor do programa, entre 2017 e 2019, trabalhos finais de egressos do PPG-AU foram contemplados com 4 prêmios, oferecidos pelas três entidades mais importantes da área:
Prêmio CAPES de Tese (2017); Prêmio ANPARQ, Categoria Dissertação (2018); I e II Prêmios Rodrigo Simões de Teses de Doutorado, atribuído pela ANPUR (2017 e 2019). Com isso, o PPG-AU UFBA ganhou as duas versões do Prêmio ANPUR de Teses de Doutorado depois de ter sido denominado “Prêmio Rodrigo Simões de Teses de Doutorado”.
Para além do atual quadriênio, o PPG-AU ganhou o Prêmio ANPUR de Dissertação em 2013; o Prêmio ANPUR de Tese em 2009; o Prêmio ANPUR de Dissertação no mesmo ano; o Prêmio CAPES de Tese em 2006. Além desses prêmios máximos, a CAPES conferiu menções honrosas a teses elaboradas no programa em 2008, 2011, 2012 e 2013. Menções honrosas também foram conquistadas em prêmios ANPUR Dissertação (2013), e ANPARQ Tese (2014).
EVENTOS:
Outra questão que desvela a importância histórica do programa e sua grande projeção nacional e internacional, é o fato de ter criado muitos dos mais importantes fóruns de discussão (seminários, encontros, congressos) que tratam das questões proeminentes do debate acadêmico em arquitetura e urbanismo no Brasil – além do fato do PPG-AU sempre acolher os mais significativos eventos do calendário nacional.
- Em 1990 aconteceu o Primeiro Seminário de História da Cidade e do Urbanismo, organizado pelo programa. Em 2020, comemorando seus 30 anos – o abrigaremos pela quarta vez (o XVI SHCU).
- O DOCOMOMO Brasil nasceu no PPG-AU UFBA na década de 1990 – e o programa organizou seu primeiro seminário (em 1995). No ano de 2019 aconteceu em Salvador o 13° Seminário DOCOMOMO Brasil, comemorando seus 25 anos.
- Em 2018, o PPG-AU acolheu o VI Seminário Corpo Cidade, comemorando os dez anos – todas as versões aconteceram em Salvador (outro evento originário do programa).
- Também o PPG-AU organizou os Seminários Urbanismo na Bahia: URBA17 (em 2017), URBA18 (em 2018), URBA19 (2019), outro evento importante do calendário nascido no programa em 2011.
- O PPG-AU também tem organizado anualmente o Seminário Salvador e suas Cores: no quadriênio, já aconteceram as suas 3ª, 4ª e 5ª versões. O seminário foi criado em 2015.
Para além destes eventos que nasceram no programa, o PPG-AU acolheu outros três dos mais importantes eventos da área no quadriênio:
- Em 2019 apoiamos e organizamos o 3º Congresso Internacional de História da Construção Luso-Brasileira (3°CIHCLB).
- Em 2018 organizamos o mais importante evento de Pesquisa e Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, o V ENANPARQ, com mais de 800 inscritos.
- Em 2017 abrigamos, pela terceira vez, o maior fórum de discussão sobre a salvaguarda, conservação e restauração do patrimônio arquitetônico – o V Arquimemória (evento com mais de 700 inscritos).
Ou seja, num espaço de três anos, o programa organizou, apoiou e abrigou os mais importantes eventos do calendário da área de Arquitetura e urbanismo. A lista completa de eventos organizados pelo programa no quadriênio será detalhada no item (8) “Solidariedade, Nucleação e Visibilidade”, subitem “Visibilidade”.
PRODUÇÃO BILBIOGRÁFICA EDITADA, APOIADA E/OU PATROCINADA PELO PROGRAMA NO QUADRIÊNIO
O PPG-AU, nesse quadriênio, através do NAPPE (Núcleo de Apoio à Publicação e Pesquisa) organizou, editou, patrocinou e/ou apoiou a publicação de uma série de livros – de professores, alunos, egressos e pesquisadores do programa.
Para além dos sete livros editados pelo programa, quatro inseridos na “Coleção PPG-AU”, podemos dar destaque especial a várias publicações editadas e/ou patrocinadas no ano de 2019 – que foram incorporadas às comemorações dos 60 anos da Faculdade de Arquitetura da UFBA.
Abaixo, segue a lista dos livros editados e/ou apoiados pelo PPG-AU no quadriênio (ao todo, treze livros):
- Livro da Coleção PPGAU, coeditado pelo programa: “A cidade-atração: a norma de preservação das áreas centrais no Brasil nos anos 1990”, da Professora do Programa, Márcia Sant’Anna – 2017.
- Livro coeditado pelo programa: “A cidade barroca” de Professor do Programa, Rodrigo Baeta (livro vencedor do Prêmio ANPARQ 2018 – Melhor Livro Autoral) – 2017.
- Livro Coletânea: “Nebulosas do Pensamento Urbanístico: Modos de Pensar”, organizado pelas Professoras Paola Berenstein Jaques e Margareth da Silva Pereira –2018.
- Livro "Pedra de Xangô: um lugar sagrado afro-brasileiro", da egressa de mestrado e discente de doutorado, Maria Alice Pereira da Silva, fruto de dissertação de mestrado defendida no PPG-AU – 2019.
- Livro coeditado pelo PPG-AU: "Corpo, discurso e território: Cidade em Disputa nas dobras da narrativa de Carolina Maria de Jesus", da Professora do PPG-AU Gabriela Leandro Pereira (cujo conteúdo correspondente ganhou o Prêmio ANPUR 2017: melhor Tese) – 2019.
- Livro da Coleção PPG-AU, editado e patrocinado pelo programa: "Trilogia das Utopias Urbanas", da Egressa Adriana Caúla (cujo conteúdo correspondente à tese desenvolvida no programa ganhou o CAPES de Tese 2006) – 2019.
- Livro da Coleção PPG-AU, editado e patrocinado pelo programa: "Do Direito Autoconstruído ao Direito à Cidade: porosidade, conflitos e insurgência em Saramandaia", da Egressa Adriana Lima (cujo conteúdo correspondente ganhou o Prêmio CAPES de Tese 2017) – 2019.
- Livro da Coleção PPG-AU, patrocinado e editado pelo programa, "A Casa do Velho: o significado da matéria no Candomblé", do Egresso Denis de Matos (cujo conteúdo correspondente ganhou o Prêmio ANPARQ 2018: melhor Dissertação) – 2019.
- Livro patrocinado pelo PPG-AU, "Arquiteturas da Ancestralidade Afro-brasileira: O Omo Ilê Agboulá - Um Templo de Culto aos Egum no Brasil", do Professor do PPG-AU Fábio Velame – 2019.
- Livro Coletânea: “Nebulosas do Pensamento Urbanístico Tomo II: Modos de Fazer”, das Professoras aola Berenstein Jaques (PPG-AU) e Margareth da Silva Pereira (Org) – 2019.
Livros da “Coleção FAUFBA 60 anos” (editados pela Professora do PPG-AU Ana Fernandes) – publicações apoiadas e parcialmente financiadas pelo PPG-AU – 2019:
- Livro “Ética e Estética no Ensino de Projeto”, da Professora Susana Acosta Olmos (egressa e ex-docente do programa).
- “Faculdade de Arquitetura da UFBA: espaço do projeto, espaço da percepção”, da Professora Vânia Hemb Magalhães Andrade (egressa do programa).
- “Apontamentos para a História da Faculdade de Arquitetura”, do Professor Fernando Luiz da Fonseca.
PRODUÇÃO CIENTÍFICA: DADOS QUANTITATIVOS
A produção intelectual e científica vinculada ao programa foi abundante entre 2017 e 2019, ultrapassando, em muito, os números históricos. Para se ter uma ideia, o número de produções de professores, discentes e egressos no último quadriênio (entre 2013 e 2016) alcançou o patamar de 1500 registros na Plataforma Sucupira. Não obstante, apenas nos três primeiros anos desse quadriênio, já se registram mais de 2500 produções – um salto de 67%, ainda faltando um ano para o encerramento do período de avaliação.
Este aumento impressionante é devido, especialmente, ao fato do número de registros de produções de discentes e de egressos ter aumentado exponencialmente – resultado de uma política massiva de incentivo a publicações discentes que o programa adotou, com o intuito de corrigir uma das distorções apontadas na avaliação do último quadriênio.
Entre as categorias mais importantes de produção, computamos: 207 produções de livros e capítulos (sendo 30 livros autorais e 23 coletâneas); 154 produções de periódicos; 483 publicações em Anais de Eventos; 909 apresentações de trabalhos; 105 organizações de eventos; 77 cursos de curta duração; 336 serviços técnicos.
Observamos que, entre os temas mais abordados nas produções intelectuais e científicas registram-se as questões ligadas ao planejamento do espaço urbano e metropolitano em suas várias dimensões, à apreensão da cidade e o direito à cidade. Outros temas que se destacam são os ligados às várias dimensões e problemas da preservação, do restauro e da conservação do patrimônio arquitetônico, urbano e paisagístico, à história da cidade e do urbanismo, às tecnologias digitais aplicadas à documentação arquitetônica, à arquitetura e ao urbanismo modernos e à arquitetura hospitalar. Uma inovadora atenção às questões étnico-raciais no âmbito da arquitetura e urbanismo pode ser percebida em centenas de produções no quadriênio, colocando o PPG-AU UFBA como pioneiro nesse campo no Brasil. Temáticas ligadas à história da arquitetura e à teoria do projeto também despontam como um novo campo de interesse do programa – muito bem assessoradas por diversos professores do programa.
Sobre a produção bibliográfica, podemos destacar a quantidade imensa de livros autorais (30) e coletâneas (23) escritos e/ou organizados por membros da comunidade PPG-AU no quadriênio. Só no ano de 2019, ano de comemoração dos 60 anos da FAUFBA, 24 livros autorais escritos ou coordenados por professores, alunos ou egressos do programa foram lançados, muitos editados pelo PPG-AU (como já foi visto). Outros três livros autorais de 2019, da “Coleção FAUFBA 60 anos”, foram apoiados pelo programa, mas não contabilizam entre os 30 registrados no quadriênio por não terem sido escritos por professores atuais ou egressos recentes do programa – mas podemos entender que o programa esteve envolvido com a produção de 27 obras únicas só em 2019. Ver lista completa dos 30 livros autorais e das 23 coletâneas no item (14) “Outras Informações”.
A produção de natureza técnica foi igualmente significativa antre 2017 e 2019, como pode-se constar nos quantitativos apresentados. A maior parte desta produção diz respeito aos trabalhos apresentados em eventos científicos de âmbito internacional, nacional e regional, em conjunto com outras atividades – tais como, organização de eventos, atuação como membros de comissões científicas e pareceristas ad hoc; assessoria na elaboração de planos e projetos, projetos arquitetônicos e urbanísticos.
Mas também se destacam serviços técnicos em âmbitos tão essenciais como: tecnologia social; interfaces com a educação básica; normatização de leis urbanísticas, especialmente no âmbito da preservação do patrimônio; cadastros, diagnósticos e laudos técnicos de monumentos e sítios históricos; projetos de conservação e restauração; pareceres para tombamentos e para declaração de monumentos como patrimônio da humanidade – ou seja, temas caros às áreas de concentração e linhas de pesquisa do programa.
PARCERIAS NA FAUFBA
Dentro da Faculdade de Arquitetura da UFBA o PPG-AU é parceiro do Mestrado Profissional em Conservação e Restauração de Monumentos e Núcleos Históricos (MP-CECRE) – Programa Profissional criado em 2009, derivado do já referido CECRE; também colabora com a Residência Profissional em Arquitetura, Urbanismo e Engenharia (Residência AU+E) – primeira experiência brasileira em residência profissional nas áreas mencionadas, aprovada em 2011, cuja primeira turma foi implantada em 2013. Além dessas parcerias com experiências stricto sensu (MP-CECRE) e lato sensu (Residência AU+E), o programa apoia cursos de especialização que são oferecidos a partir de demandas oriundas de sua área de atuação, como o Curso de Especialização em Arquitetura de Sistemas de Saúde.