Lançamento do livro "Corpo, discurso e território: Cidade em Disputa nas dobras da narrativa de Carolina Maria de Jesus", de Gabriela Leandro Pereira, resultado de sua tese vencedora do Prêmio ANPUR, Categoria Tese.
Enviado por ppgau em qui, 23/05/2019 - 16:24
Convidamos a todos e todas para o lançamento do livro "Corpo, discurso e território: Cidade em Disputa nas dobras da narrativa de Carolina Maria de Jesus", de Gabriela Leandro Pereira, resultado de sua tese vencedora do I Prêmio Rodrigo Simões de Teses de Doutorado (2017), o Prêmio ANPUR Categoria Tese - orientada pela Professora Ana Fernandes.
O lançamento será realizado no dia 29 de maio (quarta), das 18:10 às 19:00, no XVIII ENANPUR (Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional), Praiamar hotel & convention, em Natal - RN.
Título: Corpo, discurso e território: a cidade em disputa nas dobras da narrativa de Carolina Maria de Jesus
Autora: Gabriela Leandro Pereira
Editora: ANPUR/ PPGAU-UFBA
Edição: 1ª edição
Ano: 2019
Dimensões (em cm): 24x17
Número de páginas: 324
ISBN: 978-65-80485-01-7
Sinopse
O livro desliza por entre a narrativa da escritora Carolina Maria de Jesus (1914 - 1977) e suas dobras, para tensionar os lugares de disputa, conflito e criação que atravessam e se (re) produzem na cidade. Carolina-mulher, negra, pobre, migrante, nômade, favelada. A escolha da escritora e suas narrativas como figura central da tese, deu-se por entender que, secularmente, se operam processos direcionados para a desconstrução de determinados sujeitos, da criminalização de suas vidas, de seus corpos e seus territórios. Em meio às perversas investidas direcionadas para a racialização da pobreza e da violência, esses processos se acumulam e se arrastam no tempo, trazendo para o presente não o eco distante de um passado de violações, mas vibrantes e violentas formas de exploração da vida no cotidiano. Uma das formas encontradas por Carolina para escapar foi o discurso. Através da publicação de fragmentos de seus diários (o primeiro deles intitulado “Quarto de Despejo”, lançado em 1960), a escritora provoca um deslocamento no enunciante e nos enunciados que dominam o urbano nas narrativas literárias brasileiras. Uma narradora imprevista, de um lugar improvável, cujo discurso soa estranho, disputa a narrativa da cidade. Em suas “escrevivências”, a cidade é rasurada, trazendo para o visível não só o território da favela, mas a sua desconcertante presença que se atualiza nos dias atuais.
Contato http://www.anpur.org.br