Pedra de Xangô será destaque em evento de Antropologia da UFRGS
Pedra de Xangô será destaque em evento de Antropologia da UFRGS
A doutoranda da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Maria Alice Pereira da Silva, lança, na próxima quarta-feira (06), às 18h30, o livro “Pedra de Xangô: um lugar sagrado afro-brasileiro na cidade de Salvador”. Será durante o III Encontro Discente do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Em seguida, a pesquisadora participa da mesa redonda “Obá Nixé Kaô – A Pedra de Xangô de Guaíba no contexto da diáspora negro-africana”, quando divide espaço com outros pesquisadores: Yá Carmem de Oxalá - estudante de psicologia, pesquisadora social, coordenadora de projetos sociais da Assobecaty, presidente do Conselho municipal de assistência social de Guaíba; e Caetano Sordi – doutor em Antropologia pela UFRGS, técnico do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN)-Superintendência do Rio Grande do Sul.
Para um dos organizadores do evento, Jeferson Bossoni Mendes, licenciado e bacharelado em Ciências Sociais e mestrando do PPGAS - UFRGS com o tema Pedra de Xangô de Guaíba, o lançamento do livro “Pedra de Xangô: um lugar sagrado afro-brasileiro na cidade de Salvador” e a Mesa Redonda “Obá Nixé Kaô – A Pedra de Xangô de Guaíba no contexto da diáspora negro-africana” buscam trazer a um lugar de fala privilegiado a comunidade de matriz afro-religiosa, suas lutas e suas produções intelectuais buscando reduzir assimetrias entre o fazer antropológico e as alteridades.
Segundo Maria Alice Pereira da Silva, o encontro é uma oportunidade de troca de conhecimentos, de construção de redes em defesa do patrimônio cultural afro-brasileiro. A escritora defende que “o patrimônio cultural, histórico e paisagístico de uma cidade é constituído por uma série diversificada de produtos e subprodutos provenientes da sociedade”.
No encontro, destaca a pesquisadora, “vamos contar como uma pedra no meio do caminho tornou-se arquitetura, centro de uma APA Municipal, elemento geratriz de um Parque Urbano – Parque em Rede Pedra de Xangô, monumento tombado pelo município, patrimônio geológico de relevância nacional pela CPRM – Serviço Geológico do Brasil, lugar sagrado que tece a rede de terreiros de Candomblé da cidade de Salvador”.