Auto Avaliação

 

Relatório de Autoavaliação (com interpretação dos resultados das pesquisas com docentes, discentes e egressos) apresentado pela Administradora Leilane Alves de Argôlo Santos no Seminário PPG-AU - 2023

 

O Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UFBA, elaborado pela SUPAD para o quinquênio 2018-2022, considera, em dois dos seus Objetivos Estratégicos, a Autoavaliação como um processo a ser ampliado, integrado “aos processos externos de avaliação aos quais os cursos são submetidos”, fortalecida e disseminada “de modo a disponibilizar para todos os gestores informações, dados, ferramentas e orientações que qualifiquem a governança institucional” (PDI UFBA, 2017).

Buscando alinhar-se às diretrizes da UFBA, o PPG-AU, sob a tutela da SUPAD, elaborou o Projeto de Autoavaliação para o quadriênio 2021-2024 em concordância com o seu Planejamento Estratégico.

A articulação institucional, com a realização de reuniões sistemáticas entre a SUPAD e os programas de pós-graduação, culminou em um documento orientador, elaborado pela SUPAD, no qual consta a sessão intitulada “II. Projeto de Autoavaliação (PA): um roteiro para a construção do PA dos Programas de Pós-Graduação da UFBA”.

Tomando como ponto de partida a estrutura prevista no roteiro supracitado e as especificidades que o caracterizam, o PPG-AU organizou sua Autoavaliação em cinco etapas:

  1. Preparação.
  2. Implementação.
  3. Divulgação.
  4. Uso dos Resultados.
  5. Avaliação.

 

ORGANIZAÇÃO DAS FASES DA AUTOAVALIAÇÃO.

Como citado acima, e seguindo o roteiro recomendado pela CAPES, descrevemos abaixo as cinco fases da Autoavaliação do PPG-AU:

 

  1. PREPARAÇÃO.

O PPG-AU UFBA instituiu Comissão – composta pelos docentes (ex-coordenadores de programas de pós-graduação) Nivaldo Andrade (coordenador atual do programa), Rodrigo Baeta (último coordenador – até julho de 2020), Marcia Sant’Anna (coordenadora em 2017 e 2018) e Marcio Cotrim (ex-coordenador do PPGAU UFPB), além da discente Luar Vieira e da administradora de empresas (servidora da UFBA-PPG-AU), Leilane Alves de Argôlo Santos – com o objetivo de elaborar o Planejamento Estratégico e o Projeto de Autoavaliação do programa.

O início dos trabalhos se deu com a revisão dos relatórios de avaliações passadas e os registros dos pontos de melhoria do programa para prosseguir a formatação do Projeto.

O relatório do Grupo de Trabalho da CAPES, que orienta processos de Autoavaliação de programas de pós-graduação, publicado em 2019, informa o redimensionamento do foco a ser dado na avaliação do órgão. Até então, o sistema de avaliação depositava o seu foco na análise dos resultados dos PPGs para proceder à sua avaliação. A diretriz que passa a ser adotada agora é a de acompanhar os processos de Autoavaliação; ou seja, analisar os critérios e procedimentos adotados pelo próprio programa para gerar insumos que orientem o seu aperfeiçoamento.

Depreende-se daí a valorização de processos de autoaprendizagem mediante dispositivos e mecanismos de automonitoramento, reunindo informações qualificadas para a tomada de decisão e de correção de rumos.

Em respeito a essa diretriz e também ao PDI da UFBA, a Comissão esboçou a proposta descrita a seguir, incluindo questões orientadoras das discussões necessárias a cada dimensão, levando em consideração as discussões debatidas pela Área de Arquitetura Urbanismo e Design no Seminário de Meio Termo da CAPES em setembro de 2019 e as discussões e orientação da SUPAD UFBA.

 

  1. IMPLEMENTAÇÃO.

 

PROJETO MONITORA PPG-AU:

O processo de Autoavaliação continuada, denominado Monitora PPG-AU, tem como objetivo assegurar a busca continua por excelência na formação de especialistas nas Áreas de “Conservação e Restauro” e “Urbanismo”. Assim, o programa norteou a sua Autoavaliação pelos princípios da manutenção da qualidade do programa, especialmente quanto à Formação Acadêmico, à Produção Intelectual e aos Impactos Transversais; da melhoria contínua dos processos e resultados alcançados; à visibilidade e transparência institucionais.

A partir da observação destes princípios, confrontados e alinhados às diretrizes e métricas da UFBA cabíveis ao PPG-AU, foi implementado um roteiro periódico de Autoavaliação para o controle das atividades e dos resultados esperados.

O Monitora PPG-AU é o roteiro de Autoavaliação continuada do programa e na fase de implementação consiste:

  • Análise dos relatórios passados enviados para a avaliação externa da CAPES, especialmente, os campos Autoavaliação e Planejamento Futuro – e na avaliação da coordenação do programa para a identificação dos aspectos fortes e fracos do PPG-AU nas suas diferentes dimensões.
  • Aplicação periódica de questionários, via SUPAD/UFBA, para a avaliação dos discentes visando as informações sobre o seu processo de formação ao longo do curso. Será aplicado ao término do 1º semestre letivo, um questionário que buscará identificar a sua percepção, relação e expectativas sobre o curso; outro será aplicado ao término do 4º semestre letivo do mestrado e do 8º semestre letivo no doutorado, com um acréscimo que buscará conhecer os projetos futuros e a produção bibliográfica ao longo do curso. Para a avaliação dos egressos serão aplicados questionários a cada dois anos, visando identificar sua situação de trabalho, percepção do curso e seus impactos, bem como os planos futuros para a carreira profissional.
  • Aplicação periódica de questionários, via formulário Google, para avaliação de desempenho por meio dos indicadores estabelecidos para cada dimensão, abrangendo docentes, discentes, egressos e técnicos-administrativos, de acordo com a pertinência dos temas avaliados.
  • Sistematização das respostas com a elaboração de relatório de Autoavaliação.
  • Uma Comissão será constituída para a implementação do Monitora PPG-AU e contará com representantes do corpo docente de cada Linha de Pesquisa do programa, representantes do corpo discente, representante dos egressos que esteja atuando profissionalmente em uma das Áreas de Concentração do programa e um representante do corpo técnico-administrativo.

 

  1. DIVULGAÇÃO.

Esta fase do Monitora PPG-AU consiste na realização de seminário de avaliação, a cada dois anos, para divulgação dos resultados da Autoavaliação, prognósticos e avaliação do desempenho, com participação de membros externos ao programa em pelo menos um deles.

 

  1. USO DOS RESULTADOS.

O intuito do roteiro do Monitora PPG-AU é avaliar o desempenho do programa, de uma maneira mais ampla, nas três dimensões supracitadas: Formação Acadêmico, Produção Intelectual e Impactos Transversais e, de modo mais específico, no alcance das metas que estão diretamente relacionadas a cada dimensão. Assim, na fase de Uso dos Resultados, as respostas recebidas alimentarão um banco de dados e informações e serão analisadas a partir do alcance dos indicadores e dos objetivos constantes no Planejamento Estratégico do PPG-AU.

 

  1. AVALIAÇÃO.

A primeira atribuição da Comissão será a análise e reformulação da proposta inicial do projeto de Autoavaliação, suas dimensões e os aspectos previstos para serem avaliados. As outras atribuições se referem à sistematização e análise dos dados gerados pelos levantamentos do programa e pelas pesquisas institucionais realizadas junto a docentes, discentes, egressos e técnicos; a condução junto à coordenação do programa dos grupos focais, conforme a disponibilidade; a propositura de ações de melhorias, dividindo-as em ações de curto prazo (de fácil aplicação), médio prazo e longo prazo.

As ações de curto prazo serão colocadas em prática no semestre subsequente.

O Monitora PPG-AU fará o controle do desempenho das atividades e dos resultados esperados por meio do acompanhamento dos Objetivos, Metas, Indicadores e Plano de Ação estabelecidos no Planejamento Estratégico para o período 2021 a 2024 e de acordo com as dimensões da avaliação.

 

ELABORAÇÃO DE METAS E OBJETIVOS ESTABELECIDOS

Os documentos elaborados de Planejamento Estratégico e de Autoavaliação se complementam: o Planejamento, com a definição dos Objetivos, Metas, Indicadores e Plano de Ação para a execução das atividades de melhoria, manutenção, ampliação, minimização ou criação dos processos do programa, para tornar tangível a sua Visão, o cumprimento de sua Missão e a prática de seus Valores; a Autoavaliação, como instrumento sistematizado de monitoramento e análise do desempenho do programa alinhado aos seus Objetivos e Metas.

Destacam-se, na Autoavaliação, os indicadores que serão vitais para o programa junto a questões particulares a cada dimensão de avaliação.

A seguir são descritas cada uma das dimensões com as suas especificidades: focos, estratégias de coleta de informações, atores envolvidos, periodicidade e responsabilidades. Informações que são complementadas com o Plano de Ação realizado no Planejamento Estratégico por meio da ferramenta 5W1H com previsão do que, por que, onde, quando, quem e como será feita cada ação.

Assim, o objetivo geral da Autoavaliação do PPG-AU é tornar possível sua Missão por meio das ações de Formação Acadêmica, Produção Intelectual e Impactos Transversais, previstas no Planejamento Estratégico 2021-2024, com a utilização sistemática do seu projeto de Autoavaliação (Monitora PPG-AU) como subsídio para monitoramento e ajustes quando necessário, especialmente quanto à aderência às Áreas de Concentração e Linhas de Pesquisa.

 

DIMENSÃO FORMAÇÃO ACADÊMICA.

O PPG-AU tem um sério compromisso com a formação de futuros profissionais que se mostrem aptos a atuarem com competência no ensino superior, no serviço público e em outros ofícios pertinentes às Áreas de Concentração e Linhas de Pesquisa do programa. Espera-se que o egresso não somente tenha domínio conceitual, mas faça uso de técnicas que o ajudem a diferenciar o conhecimento oriundo de fundamentos teórico-metodológicos e evidências empíricas, do mero pseudoconhecimento.

Torna-se importante, então, avaliar se a estrutura curricular e a qualidade das aulas ministradas no PPG-AU permitem que os estudantes de mestrado e doutorado consigam desenvolver repertórios que os habilitem a atender a esse objetivo de formação.

Nessa dimensão serão avaliados:

  1. O aspecto da estrutura curricular e metodologia de ensino, com foco na oferta de disciplinas (número e qualidade), carga horária das disciplinas e estratégias pedagógicas docentes, utilizando como coleta de informações os dados obtidos nos questionários de discentes e egressos (disponibilizados no sistema SIGAA) – tendo como atores envolvidos o grupo focal composto por representantes dos alunos e dos docentes dos cursos de mestrado e doutorado –, com periodicidade anual e sob a responsabilidade da coordenação e dos representantes das Linhas de Pesquisa.
  1. O aspecto do sistema de avaliação processual, com foco nos exames de Qualificação I e II dos cursos de mestrado e doutorado, utilizando como estratégia de coleta de informações dados obtidos nos questionários de discentes e egressos (disponibilizados no sistema SIGAA) – tendo como atores envolvidos, o grupo focal de alunos e docentes dos cursos mestrado e doutorando nos Seminários de Qualificação I e II –, com periodicidade anual e sob a responsabilidade da Comissão responsável pelos seminários.
  1. O aspecto da formação com foco na atividade “Tirocínio Docente”, utilizando como estratégia de coleta de informações os dados obtidos nos questionários de discentes e egressos (disponibilizados no sistema SIGAA) – tendo como atores envolvidos o grupo focal com alunos da atividade –, com periodicidade anual e sob a responsabilidade do docente responsável pela atividade.
  1. O aspecto da formação em pesquisa, com foco nas atividades de investigação, no domínio de ferramentas metodológicas e técnicas, no domínio de métodos de análise de dados e no domínio de redação científico – utilizando como estratégia de coleta de informações a criação de um banco de dados para registro das informações, a análise das fichas de avaliação das atividades de “Participação em Pesquisa”, os dados constantes na Plataforma Sucupira e os dados obtidos nos questionários de discentes e egressos, com periodicidade anual e sob a responsabilidade da coordenação e dos representantes das Linhas de Pesquisa.

São indicadores desta dimensão, concernentes aos Objetivos e Metas traçados no Planejamento Estratégico do programa:

  • Aprimoramento das condições de infraestrutura adequadas quali-quantitativamente ao programa – coerente com a sua Política Acadêmica (recursos humanos, físicos e operacionais).
  • Instalação, no ano de 2022, das diversas instâncias do programa – salas de aula, Grupos de Pesquisa, Laboratórios, Núcleos, Coordenação, Colegiado e Secretaria – em um andar e meio do novo edifício anexo da FAUFBA, após a finalização das obras.
  • Atendimento às necessidades de equipamentos, mobiliário e demais recursos das instâncias do programa, quando da instalação no edifício anexo, com o apoio da FAUFBA e demais setores da UFBA; ter as salas e os espaços do edifício anexo a FAUFBA, destinados ao PPG-AU, equipados e devidamente ocupados até 2022, ou quando do retorno das atividades presenciais.
  • Manutenção das condições físicas do programa de modo a garantir atendimento pleno e adequado a discentes, docentes e comunidade acadêmica.
  • Revisão equilibrada do corpo docente (através de Editais públicos de Recredenciamento e Credenciamento) nas suas diversas frentes de atuação e nas novas que estão surgindo, incluindo a participação nos espaços e fóruns governamentais associados às competências do quadro docente.
  • Adequação dos processos de Recredenciamento e Credenciamento ao calendário da CAPES, através do adiamento dos Editais de julho de 2020 para início de 2021, visando dar mais coerência com a dinâmica do quadriênio – reordenando as renovações do corpo docente para o início e para a metade do período da avaliação da CAPES (já que o processo acontece a cada dois anos). Deste modo, iniciar o quadriênio com o quadro docente renovado e fazer mais um Recredenciamento e Credenciamento docente exatamente na metade do ciclo (no início de 2023) – o que é excelente para os processos de Autoavaliação do programa.
  • Fortalecimento do engajamento dos estudantes e egressos nas atividades de pesquisa e extensão do programa, contribuindo com o seu aperfeiçoamento nos campos da “Conservação e do Restauro” e do “Urbanismo”. Consequentemente, ampliar o número de discentes e egressos envolvidos em atividades de pesquisa; aumentar o número de discentes e egressos envolvidos em atividades de extensão.
  • Atualização do leque das disciplinas do programa a partir de um balanço da oferta, número de estudantes, campos de saberes cobertos, bem como publicizar os programas das disciplinas no site do PPG-AU.
  • Reformulação da política específica de permanência e integração dos estudantes com vistas a ampliar a aderência às ações afirmativas promovidas pela UFBA.
  • Aprimoramento das relações institucionais orientadas pela Política do Programa – graduação / pós-graduação, agências de fomento, reitoria de pós-graduação, outros cursos e instituições, rede de centros de pesquisa, etc.
  • Potencialização da transversalidade entre Graduação e Pós-graduação.

 

DIMENSÃO PRODUÇÃO INTELECTUAL.

A geração de novos conhecimentos exige o desenvolvimento de duas competências.

A primeira é a teórico-metodológica, que se refere à capacidade de extrair do conhecimento acumulado questões e hipóteses de pesquisa relevantes para o avanço científico em determinado campo do saber. Faz parte dessa mesma competência a capacidade de eleger as melhores estratégias e procedimentos de coleta, tratamento e análise de dados para responder ao teste empírico das questões e hipóteses de pesquisa.

A segunda competência envolve a capacidade de o estudante de pós-graduação organizar o conhecimento produzido em uma forma textual, cuja forma e conteúdo atendam aos critérios de publicação científica na área.

Logo, serão avaliados:

  1. O aspecto da produção intelectual docente, com foco na sua qualidade, na coerência com as Áreas de Concentração, Linhas de Pesquisa e Projetos de Pesquisa, para além da contribuição média de docentes para o desempenho do Programa, ao atendimento a critérios de credenciamento ao PPG-AU, ao atendimento a critérios esperados pela Coordenação de Área – e os produtos mais significativos por docente.
  1. O aspecto da produção discente, com foco na qualidade da produção intelectual, sua coerência com as Linhas de Pesquisa.
  1. O aspecto da produção intelectual de egressos, com foco no atendimento da expectativa de produção de itens decorrentes do trabalho final, na sua qualidade e coerência com as Linhas de Pesquisa.

Como estratégia de coleta de informações, será utilizada a discussão dos dados coletados, bem como dos indicadores calculados por meio dos questionários de discentes e egressos (disponibilizados no sistema SIGAA), com periodicidade anual e sob a responsabilidade da coordenação e dos representantes das Linhas de Pesquisa.

São indicadores desta dimensão, concernentes aos Objetivos e Metas traçados no Planejamento Estratégico:

  • Melhoramento e ampliação da produção intelectual dos discente e dos egressos precisando as características, condições e modos de realização da pesquisa para se compreender as transformações requeridas, no sentido de reversão de problemáticas e ativação de potencialidades.
  • Ampliação dos mecanismos de controle da qualidade da produção discente, articulada ao cumprimento dos prazos de conclusão definidos pela UFBA e pelas agências de fomento, favorecendo a divulgação do conhecimento produzido neste âmbito.
  • Incentivo à produção compartilhada dos discentes e dos egressos com os docentes – situação já bastante consolidada no que se refere à atuação de alunos e ex-alunos em Projetos e Grupos de Pesquisa.
  • Aprimoramento de mecanismos de incentivo à produção qualificada de discentes em parceria com seus orientadores através de atividades curriculares obrigatórias, atreladas à publicação de livros, e/ou capítulos de livro, e/ou artigos em periódico, e/ou em anais de evento, a serem incorporadas às grades curriculares do mestrado e do doutorado.
  • Continuidade à publicação de livros com trabalhos de excelências de docentes, discentes e egressos do programa.
  • Aperfeiçoamento, atualização e ampliação da política editorial do Programa, com particular ênfase no uso de novas mídias, no desenvolvimento de parcerias editoriais internacionais – para além da retomada da publicação regular, em versão digital, da revista RUA e da consolidação do periódico Cadernos do PPG-AU.

 

DIMENSÃO: IMPACTOS TRANSVERSAIS.

A terceira e última dimensão do Monitora PPG-AU se refere a três aspectos: efetividade para formar profissionais qualificados; capacidade de produzir conhecimento acessível ao público não especialista; desenvolvimento de Projetos de Pesquisa em parceria com a comunidade, cumprindo a função social de uma universidade pública.

Novas competências são, portanto, requeridas. A que se ressalta nessa seção é a da flexibilidade para adequar o repertório adquirido a contextos diferenciados, usando técnicas e linguagens pertinentes a tais contextos. Requer ainda capacidade de analisar a situação local, recuperar o repertório adquirido e adequá-lo ao público-alvo para, enfim, alcançar os objetivos pretendidos.

Nessa dimensão, serão avaliados:

  1. O aspecto da transferência de conhecimento com foco na produção de material didático, na oferta de cursos e produtos para a comunidade, nos projetos permanentes de pesquisa associados a prestação de serviços.
  1. O aspecto da formação de redes sociais e Interorganizacionais com foco nos Projetos de Pesquisa em parceria, nos projetos de intervenção que envolvam comunidades e entornos, nas parcerias com outras entidades e órgãos públicos e privados, na internacionalização do Programa (produção, institucionalização).
  1. O aspecto da visibilidade, com foco no alcance das ações do Programa, na sua presença nas redes sociais.
  1. O aspecto da inserção e da atuação do egresso, com foco na sua inserção no mercado de trabalho e nos papeis desempenhados, nos impactos no sistema educacional, no impacto na prestação de serviços em Arquitetura e Urbanismo.

Como estratégia de coleta de informações serão utilizados banco de dados com as informações do Programa, bem como dados constantes na Plataforma Sucupira, com periodicidade anual e sob a responsabilidade da coordenação e dos representantes das Linhas de Pesquisa.

São indicadores desta dimensão, concernentes aos Objetivos e Metas traçados no Planejamento Estratégico do programa:

  • Ampliação da participação em editais, convênios e cooperações para o fomento de pesquisas realizadas no país e no exterior, bem como continuidade à já vasta constituição de redes de cooperação com países dos continentes africano e latino-americano, especialmente no que tange à arquitetura e ao urbanismo de matriz africana, afro-brasileira, luso-brasileira e hispano-americana.
  • Discussão e colaboração para a ampliação e fortalecimento de cooperações de pesquisa Sul-Sul, notadamente com países da América Latina e África.
  • Consolidação da formação de docentes e pesquisadores para os quadros das novas universidades regionais que surgiram, notadamente, na Bahia e demais estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste – solidificando o PPG-AU como grande polo regional de formação acadêmica.
  • Ampliação das parcerias do PPG-AU com os outros programas e cursos de pós-graduação da FAUFBA – MP-CECRE, Residência AU+E (Curso de Especialização lato sensu, parceiro do programa, cuja base docente são professores, alunos e egressos do PPG-AU) e o Curso de Especialização em Arquitetura Hospitalar – e fortalecer a rede de apoio institucional no âmbito da FAUFBA.
  • Consolidação do programa como centro de referência no que toca à assistência técnica e ao apoio a demandas sociais no campo dos assentamentos urbanos populares, da habitação social e das políticas urbanas, bem como nos diversos temas abordados pelo programa em suas atividades de ensino, pesquisa e/ou extensão nos campos da preservação do patrimônio material e imaterial de interesse cultural.
  • Ampliação da inserção social do programa com o envolvimento do conjunto de seus membros, assim como a interlocução com diferentes níveis de educação – articulando, por exemplo, as pesquisas desenvolvidas na graduação e na pós-graduação da FAUFBA através de diversos mecanismos, tais como: seminários incorporados anualmente à programação da semana de calouros; Congresso de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFBA; etc.
  • Acolhimento e apoio às experiências inovadoras de formação, especialmente aquelas vinculadas às Linhas e aos Grupos de Pesquisa do PPG-AU.
  • Incentivo à participação de professores em comitês científicos, conselhos de organismos públicos, diretorias de associações nacionais e estrangeiras.

 

DEFINIÇÃO DE AÇÕES NECESSÁRIAS PARA ALCANÇAR OS RESULTADOS PRETENDIDOS

A definição de ações necessárias para alcançar os resultados pretendidos inicia com a atuação conjunta de docentes, discentes, egressos e técnicos do programa, sob a coordenação da comissão de Autoavaliação e da própria coordenação do PPG-AU – atrelada aos mecanismos de articulação por meio de grupos focais, seminários, pesquisas e relatórios, com vistas a estabelecer um processo participativo no acompanhamento das ações planejadas, como também na implantação de ações corretivas para os pontos fracos identificados.

Perpassa pelo amplo levantamento dos pontos fortes e fracos do programa, realizado ao longo da execução de seu projeto de Autoavaliação (Monitora PPG-AU), por meio da análise dos campos Autoavaliação e Planejamento Futuro dos relatórios anteriores enviados para a avaliação externa da CAPES, e por meio da avaliação nas três dimensões de Autoavaliação.

Culmina no uso dos resultados provenientes dos questionários, dos bancos de dados e da Plataforma Sucupira, das discussões e análises dos grupos focais, das comissões, dos responsáveis pelas atividades/seminários junto à coordenação do programa e dos representantes das Linhas de Pesquisa – que alimentam o controle das ações previstas/executadas e o acompanhamento do desempenhos/resultados alcançados, gerando o cenário propício para a identificação de medidas corretivas e ajustes ao longo do quadriênio a partir do Plano de Ações para cada dimensão avaliada.

Neste sentido, a Superintendência de Avaliação e Desenvolvimento Institucional (SUPAD UFBA) desenvolveu importante inciativa no sentido de aprimorar os Projetos de Autoavaliação dos programas de pós-graduação da UFBA, ação que será analisada a seguir:

 

 

RESULTADOS E ANÁLISE DO QUESTIONÁRIO APLICADO A EGRESSOS DO PPG-AU NO INÍCIO DE 2021 PELA SUPAD UFBA

A SUPAD promoveu, em fevereiro de 2021, uma experiência piloto concernente à consolidação dos projetos de Autoavaliação dos programas de pós-graduação da instituição, através de pesquisa realizada, com a aplicação de questionário via SIGAA, para uma amostragem dos egressos dos PPGs de 2011 a 2020.

No caso do PPG-AU, a pesquisa foi encaminhada para 85 ex-alunos (uma amostra de 30% do total dos 267 egressos no período), que foram convidados a responder às avaliações dos cursos de mestrado e doutorado. A adesão foi bastante satisfatória para esta primeira iniciativa, já que 46 egressos, 54,12% do total, aderiram e responderam ao questionário – dos quais 28 cursaram o mestrado e 18 o doutorado.

Os resultados já apontam várias conclusões importantes que serão utilizadas nos relatórios de Autoavaliação e, consequentemente, no Planejamento Estratégico do PPG-AU. Em síntese, poderíamos destacar:

 

AVALIAÇÃO INICIAL.

  • 91% por cento dos respondentes têm mais de 30 anos de idade, 48% são do sexo/gênero masculino e 52% do sexo/gênero feminino.
  • Quase a totalidade, 98% dos egressos, defendeu a dissertação ou tese no período de 2016 a 2021 e os outros 2% entre os anos 2011 e 2015.
  • Durante a pós-graduação, 52% dos egressos não trabalhavam e recebiam bolsa de estudos, 35% trabalhavam e 13% não trabalhavam e não recebiam bolsa.
  • 50% dos egressos se dedicavam integralmente ao curso, 30% dedicavam entre 20 e 40 horas semanais, 11% dedicavam entre 10 e 20 horas semanais e 9% dedicavam menos de 10 horas semanais.
  • 7% dos egressos do doutorado realizaram algum estágio/intercâmbio internacional e um egresso do mestrado realizou algum estágio/intercâmbio nacional.
  • Finalmente, o PPG-AU UFBA seria recomendado por 100% dos egressos do período de 2011 a 2020 – 93% dos participantes recomendariam plenamente, e 7% talvez recomendassem o curso para alguém conhecido.

Este resultado demonstra a indiscutível satisfação dos ex-alunos em relação à formação recebida.

 

DESTINO PROFISIONAL.

  • 83% dos egressos trabalham ou estudam e trabalham, dos quais 47% atuam como docentes em instituição de ensino pública, 18% atuam como técnicos ou profissionais no setor público, 18% como técnicos ou profissionais autônomos, 13% como docentes em instituição de ensino superior privada e 3% como técnicos ou profissionais no setor privado.

Impressiona como a pesquisa feita através dos questionários aplicados pela SUPAD via SIGAA se aproxima muito daquela realizada pela coordenação e pela secretaria do programa – a partir da avaliação do destino profissional de todos os 238 egressos do período de 2012 a 2020, como pode ser conferido no item “2.3.1. Mecanismos de interação sistemática do programa com seus egressos”.

Só a título de exemplo, a pesquisa realizada pelo Programa detectou que 66% dos egressos (88% dos ex-alunos de doutorado e 48,5% dos egressos de mestrado) atuam ou atuaram em algum momento no ensino superior; já o questionário da SUPAC indicou a cifra de 60% (47% atuando em universidades públicas e 13% em privadas). A pequena diferença pode ser explicada por conta da quase exclusiva adesão de egressos com menos tempo de conclusão do curso à pesquisa por amostragem da SUPAD (de 2016 a 2010) – enquanto aquela feita pelo PPG-AU para o quadriênio considerou e analisou todos os egressos.

  • Para além disso, dos egressos que participaram da pesquisa e que atuam como docentes em instituições de ensino públicas e/ou instituições de ensino superior privadas, 100% estão inseridos em cursos de graduação, 22% em cursos de especialização, 4% em cursos de mestrado acadêmico e 4% em cursos de mestrado profissional.
  • Ainda sobre os egressos que são docentes, 74% desenvolvem algum projeto de pesquisa, sendo que 43% sem apoio financeiro, 22% com apoio de agências nacionais ou estaduais de fomento e 9% com financiamento das instituições nas quais trabalham.
  • No que se refere a inserção em atividade de pesquisa, 61% dos egressos participam de Grupo de Pesquisa, dos quais 35% participam como membros de grupos vinculados à Pós-Graduação em que realizaram o curso, 22% participam como membros de grupos da instituição de ensino superior onde trabalham e 4% participam como coordenadores do grupo de pesquisa nas instituições de ensino superior onde trabalham.
  • Quando questionados sobre o tipo de organização que melhor caracteriza sua atuação profissional neste momento, 65% dos egressos responderam ser as organizações públicas, 15% o trabalho autônomo ou de consultoria, 13% as organizações privadas, 4% as organizações sociais, cooperativas e não-governamentais e para 2% a pergunta não se aplica.
  • Dando continuidade, 43% dos egressos prestaram algum concurso público após a pós-graduação, dos quais 55% foi para cargo efetivo de docente, 35% foram aprovados e ocuparam vagas disponíveis, 25% foram aprovados, mas não se classificaram para ocupar vagas disponíveis e 40% não foram aprovados.
  • Quando questionados sobre o motivo principal de optar por uma pós-graduação stricto sensu, 63% dos egressos responderam que foi para dar seguimento à carreira acadêmica (docente/pesquisador), 24% para qualificar a atuação profissional, 7% para conhecer melhor a atividade de docente/pesquisador antes de optar pela carreira acadêmica, 4% para obter um título para melhorar a renda ou a empregabilidade e 2% para qualificação para concurso público.

Fica evidente a excelente empregabilidade dos egressos, com o número elevado da atuação como docentes em instituições de ensino pública e de ensino superior privado – o que era esperado uma vez que os cursos visam a formação acadêmica dos discentes.

Nota-se também uma atuação mais modesta como técnico ou profissional, seja no setor privado, como autônomo ou mesmo no setor público – profissionais que optaram por seguir suas carreiras como docência no ensino superior.

A natureza do trabalho, a atuação e a inserção profissional dos egressos com o predomínio da atuação no magistério superior e em organizações públicas – permitindo a transferência e a continuidade dos impactos sociais e educacionais efetivos para a sociedade, bem como a continuidade da atividade de pesquisa com a manutenção do vínculo com o programa e a área de formação na pós-graduação – denotam um resultado muito satisfatório para o PPG-AU.

As motivações principais de dar seguimento à carreira acadêmica (docente/pesquisador) e de qualificar a atuação profissional são também evidências da excelência da formação oferecida pelo PPG-AU.

 

FORMAÇÃO.

A percepção sobre as condições e experiências da formação recebida no programa foi avaliada, pela maioria dos egressos, como muito satisfatória ou satisfatória, com percentuais acima de 60%, alcançando 98% de satisfação em três dos nove itens avaliados. As assertivas avaliadas e o respectivo percentual de satisfação foram:

  • Infraestrutura dedicada à gestão do curso – secretaria, coordenação, etc: 74%.
  • Estrutura curricular em termos de aprendizagens significativas no curso: 85%.
  • Infraestrutura para ensino usada no curso – salas de aula, biblioteca, serviços de videoconferência, laboratórios, etc: 61%.
  • Suporte oferecido pelo(s) orientador(es) para o desenvolvimento do seu trabalho final: 89%.
  • Formação do corpo docente para a manutenção e a qualidade das atividades do curso: 98%.
  • Experiência prática do corpo docente para a manutenção e a qualidade das atividades do curso: 98%.
  • Dedicação do corpo docente para a manutenção e a qualidade das atividades do curso: 98%.
  • Oportunidades de intercâmbios e trocas com outros cursos e grupos de pesquisa no Brasil: 63%.
  • Oportunidades de intercâmbios e trocas com outros cursos e grupos de pesquisa no exterior: 54%.

Mesmo reduzidos, os percentuais de insatisfação mostram a necessidade de priorizar melhorias contínuas quanto: oportunidades de intercâmbios e trocas com outros cursos e Grupos de Pesquisa no exterior; oportunidades de intercâmbios e trocas com outros cursos e Grupos de Pesquisa no Brasil; a infraestrutura dedicada à gestão do curso – secretaria, coordenação, etc.

Certamente, os cortes orçamentários e o cenário político e econômico desfavorável ao fomento da universidade pública impactaram diretamente na ampliação da oferta de oportunidades de intercâmbios e na manutenção da melhoria da infraestrutura do programa.

O curso teve impacto acima das expectativas ou muito positivo na vida e carreira dos egressos com uma variação de 52% a 93%. Os fatores avaliados foram as contribuições do curso:

  • Na ampliação da capacitação do egresso para atuar profissionalmente na sua área: 93%.
  • No crescimento profissional do egresso: 89%.
  • Na definição de um campo de interesse temático para pesquisa e atuação profissional: 87%.
  • Na capacitação do egresso para conceber e desenvolver projetos de pesquisas no seu campo de conhecimento: 87%.
  • Na capacitação do egresso para exercer a docência no ensino superior: 80%;
  • Na ampliação da capacitação do egresso para conceber e desenvolver projetos de extensão e serviços para segmentos da sociedade: 78%.
  • Na melhoria da renda: 54%;
  • Na empregabilidade, 52%.

Esses dois últimos fatores foram os que tiveram maior percentual de impacto nenhum, pouco ou neutro: empregabilidade com 48% e melhoria da renda com 46%. Com isso, se evidencia a competência do PPG-AU em capacitar para atuação e crescimento profissional na área e na docência no ensino superior, na definição de campo de interesse e na concepção de Projetos de Pesquisa, de Extensão e de serviços para a sociedade – mas que depende do contexto político, econômico e social, que ao longo dos últimos anos se encontrou instável e desfavorável, para a geração de emprego e melhoria de renda.

Em relação à produção bibliográfica:

  • Egressos publicaram algum item ao longo do curso ou após sua conclusão: 78%.
  • Publicaram de 1 a 10 itens dizem respeito a resumos de trabalhos em congressos nacionais: 50%;
  • Resumos de trabalhos em congressos internacionais: 31%.
  • Trabalhos completos em Anais de congressos nacionais: 52%.
  • Trabalhos completos em Anais de congressos internacionais: 35%.
  • Artigos em periódicos nacionais: 41%.
  • Artigos em periódicos internacionais: 20%.
  • Livros ou capítulos mediante editoras nacionais: 35%.
  • Livros ou capítulos mediante editoras internacionais: 13%.
  • Publicaram de 11 a 20 itens foram, artigos em periódicos nacionais: 2%.

Apesar dos índices não serem baixos, ainda não estão totalmente satisfatórios. O ideal seria que 100% dos egressos tivessem tido alguma produção bibliográfica de qualidade durante o curso – o que reforça a necessidade, já comentada, de desenvolver políticas de incentivo à produção intelectual de discentes e egressos, especialmente em parceria com os docentes, orientadores ou parceiros nos Grupos de Pesquisa.

 

PLANOS FUTUROS:

Em relação aos planos futuros, e a partir da escolha de mais de uma opção, os egressos do mestrado indicaram:

  • Continuar os estudos de Pós-Graduação em nível de doutorado no mesmo Programa: 61%.
  • Fazer concurso público para a docência na mesma universidade da formação em pós-graduação: 46%.
  • Conseguir emprego como docente em outra instituição de ensino superior: 32%.
  • Continuar os estudos de Pós-Graduação em nível de doutorado em outro Programa no país: 29%.
  • Continuar os estudos de Pós-Graduação em nível de doutorado no exterior: 18%.
  • Buscar um emprego na iniciativa privada no qual possa atuar profissionalmente: 18%.
  • Fazer concurso público para atuar como profissional em organismo público: 18%.
  • Iniciar um negócio próprio: 4%
  • Não especificaram: 7%.

A partir da escolha de mais de uma opção, os planos futuros para os egressos do doutorado são:

  • Realizar um pós-doutorado: 83%.
  • Consolidar carreira como pesquisador: 72%.
  • Realizar estágio em instituição estrangeira: 28%.
  • Fazer concurso público para atuar como docente ou outros planos não especificados: 22%.
  • Conseguir emprego como docente em outra instituição de ensino superior: 11%.
  • Buscar um emprego em que possa atuar profissionalmente ou fazer concurso público para atuar como profissional: 6%.

Para análise deste item é preciso lembrar que grande porcentagem dos egressos, 83%, estão empregados, com cerca de 60% atuando no ensino superior, segundo os dados da pesquisa da SUPAD.

Não obstante, os anseios dos ex-alunos são pertinentes à formação recebida no programa.